terça-feira, 18 de junho de 2019

CIRCO DE MENTIRAS A BEM DA VERDADE



Com a guerra das audiências transformada numa luta pela sobrevivência, assiste-se hoje a algo verdadeiramente triste nos media portugueses. O exemplo mais flagrante dessa tristeza é uma coisa chamada polígrafo, meia dúzia de minutos simulados de investigação que pretendem fazer-nos crer na função da imprensa como garantia de verdade. Assim seria, não se desse o facto de quando chega o polígrafo já termos aguentado cerca de uma hora de palhaçada, de entretenimento jornalístico, de sensacionalismo, de mentiras, de manipulação. Os exemplos são diversos e vão sendo desmascarados, não vale a pena perder tempo com eles. Para quem acredita que o jornalismo tem uma missão a cumprir, é deprimente assistir a "guerrinhas de alecrim" com as redes sociais dando ares de combate a fake news tantas vezes propaladas por redacções de sacristia. Seria fastidioso perder tempo com exemplos, mas fica apenas para nota o tempo perdido com a putativa transferência de um puto de 19 anos que joga à bola em comparação com a quase ausência de notícias sobre Miguel Duarte – o português que arrisca pena de prisão no governo de Matteo Salvini por andar a salvar imigrantes no Mediterrâneo. Depois não querem definhar e morrer, transformados em donas brancas e afins.

1 comentário:

Luis disse...

Na mouche!!!!!!!!!!!!!!!!