terça-feira, 15 de maio de 2018

UM POEMA DE MIGUEL-MANSO

RUA DA ARRÁBIDA

estão a demolir pedra
a pedra o prédio ao lado

quem passa agora na rua
parece lamber com o olhar
a falta de um dente


Miguel-Manso, in Tojo - Poemas Escolhidos, Relógio D'Água, Abril de 2013, p. 24.

7 comentários:

Anónimo disse...

E depois? foi ao dentista?

hmbf disse...

Que seria do anónimo se não desse um ar de sua desgraça?

Anónimo disse...

A desgraça é do desdentado poema.

hmbf disse...

Não desiste. Vai, volta, vai, volta, vai, volta... tal é o seu interesse.

Anónimo disse...

Não se preocupe: Você é o fiozinho do iô-iô.

Anónimo disse...

E todos a saber quem ele é.

L. disse...

agora também eu gostava de saber quem é!