No século vinte, escreveram, na língua portuguesa falada
deste lado do Atlântico, três — e apenas três — grandes poetas que foram
igualmente capazes de alinhar prosa tão cintilante, consistente e universal
quanto a respetiva poesia: Pessoa, Fiama e Herberto.
Quem o afirma é o Xilre, aqui. Uma tremenda injustiça reduzir o leque a três, desde logo porque no grupo modernista temos o Mário de Sá-Carneiro de A Confissão de Lúcio e o Almada Negreiros de Nome de Guerra. Não foram grandes poetas? Bem, e Jorge de Sena? Sinais de Fogo é só o melhor romance português do séc. XX. E Carlos Oliveira? Que ande esquecido, não é problema que macule a estatura da obra. E Vitorino Nemésio? E José Gomes Ferreira? E Miguel Torga? E Sophia? E as crónicas do O'Neill? Todos grandes poetas com prosa igualmente cintilante...
Já agora todos...
ResponderEliminarAssumidamente, uma tremenda injustiça, baseada num critério exclusivamente de gosto pessoal e de uma apreciação inteiramente da subjetiva da prosa, face à sua originalidade, riqueza de ideias, sentido de humor (este, um padrão pessoalíssimo), contributo para a nossa língua comum.
ResponderEliminarJá o tema do melhor romance português do século XX gerará sempre outras tremendas injustiças, naturalmente. Como alguém recordava há algum tempo (não recordo quem), «A Ilustre Casa de Ramires» surgiu já no século XX. «Sinais de Fogo» é melhor? Não tenho a certeza…
Para mim, é. :-)
ResponderEliminarMário de Sá-Carneiro não escreveu uma frase ou verso digno de ser dado a ler. Jorge de Sena pensa bem, mas escreve mal ou muito mal. Vitorino Nemésio, algum Lobo Antunes dos 1990. Há mais, noutros mapas.
ResponderEliminarUau, Diogo... o que seria da literatura portuguesa sem os seus exigentíssimos leitores?
ResponderEliminarMas o Diogo Almeida é a Alexandra G?!
ResponderEliminarÉ o que penso. Tenho direito a pensar. Ou não?
ResponderEliminarNão me parece que pensar seja um direito. Presumo que seja uma faculdade. Bem ou mal, pensar, pensamos todos.
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