domingo, 29 de julho de 2012

A NOSSA VIDA É TÃO CURTA, A NOSSA MISÉRIA TÃO ÍNFIMA


Fábrica de Braço de Prata, Lisboa. 2011.







Ser mau tornou-se uma necessidade contemporânea. Ser perverso um ideal... que infelizmente poucos saboreiam. O homem não é mais irmão do homem, é seu concorrente, é seu rival. A fortuna dele não quer dizer o prémio dum esforço respeitável: representa apenas a dentada em quinhão que nos pertence. Por cada um que morre, menos uma boca esfomeada a defraudar-nos. Acresce além disso que os poderosos representam quase sempre, a par uma concorrência enérgica, por via de regra uma extorsão metodizada - e legítimo desforço é que nos riamos quando eles tombam, e nos vinguemos deles, apupando-os depois de mortos, uma vez que nos foram prejudiciais.


Fotografia: Jorge Aguiar Oliveira.
Texto: Fialho de Almeida.

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