Quando estaciona o seu automóvel frente ao nº 80 da Rua Dr.
Roberto Frias, indo perpetrar mais uma aulita na Faculdade de Economia da capital
do trabalho, o Professor Cosme Vieira manifesta-se como encarnação ambulante do
aniquilamento do Homem propriamente dito, um sintoma do desvanecimento
contemporâneo da oposição entre Sujeito e Objecto. Neste «epílogo» dos tempos,
Cosme exprime a «negatividade humana», ou seja, o momento em que os homens
voltam a ser animais. O docente portuense devolve-nos à animalidade grotesca,
primordial. E a Faculdade de Economia do Porto, por sua vez, é o espaço em
que se desenrola este fim hegeliano da História, razão pela qual bem
merece ser ampliada em 6000 metros quadrados a nascente (na modalidade
olímpica «metade para salas, metade para gabinetes»).
O Malomil arrisca transformar-se numa extensa caderneta dos
cromos da nação. Não deixem de conhecer este iniludível exemplar do nosso
tecido académico. Sempre a subir. Tanto, tanto, que quando dermos por nós não
haverá fundo que ampare a queda.
Nunca imaginaria, quando fiz o curso, que este professor ia dar tanto falatório. Só queria dizer o seguinte ele não é "Professor de Economia", pelo menos quando eu lá andava, ele era professor de informática. Nunca o vi dar uma aula fora do último piso (onde estavam os computadores). Aliás, o homem é licenciado em Eng. de Minas, nunca ninguém reparou? Quando se fala em "Professores de Economia" da FEP, eu penso naqueles "livros andantes" que davam cadeira nucleares como Política Económica, Macroeconomia, Economia Pública, Moeda e Financiamento... Malta que trabalhou em gabinetes do Governo e até que chegou a ministro (Teixeira dos Santos e Ferreira Leite, para dizer alguns). Não é o tipo que ensinava a fazer base de dados no Access.
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