sábado, 20 de setembro de 2025

LIBERDADE DE MATAR

 
Escreve Pedro Mexia: "A América que deixou impune o autor moral do ataque ao Capitólio, e a que se compraz com a morte de um homem que debatia ideias, ou que a instrumentaliza, é uma América antidemocrática e, mais ainda, degenerada." A conclusão sobre a degeneração da América está certa (bem-vindo), as premissas é que são falaciosas. Kirk não debatia ideias. Vi alguns desses pseudodebates, autênticos ringues de retórica pífia, "beefs" ao gosto populista, invariavelmente marcados por uma lógica competitiva do estou a ganhar/estás a perder que nada tem que ver com debate de ideias. A não ser que consideremos debate de ideias um Ventura aos berros que só se ouve a si próprio, atropela os outros falando por cima, interrompendo, perturbando com apartes sucessivos, etc. De resto, pegando no que o próprio Kirk defendia, devemos considerar que o seu assassinato foi apenas o preço a pagar pela liberdade. Não era isso que ele defendia quando havia massacres nas escolas? A bem do acesso livre às armas, os mortos serão sempre danos colaterais. A sua morte foi um mero dano colateral. A liberdade de disparar é um valor superior na América do falecido Kirk.

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