UM POEMA DE LOUIS MACNEICE
O CÁLICE DE BRANDY
Deixa que mais uma vez ganhe forma nas suas mãos –
O instante embalado como um cálice de brandy.
Sentado sozinho na sala de jantar vazia…
Começa a cair neve dos candelabros
Acumulando-se à volta das garrafas e das pernas da mesa
E entupindo a passagem da porta giratória.
O último a jantar, como um boneco de ventríloquo
Abandonado pelo mestre, contemplando-o defronte, implora:
“Deixa que mais uma vez ganhe forma nas minhas mãos”.
Versão de HMBF.
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