O Parque D. Carlos I, em Caldas da Rainha, é um símbolo da cidade.
Escritores de boa safra dedicaram-lhe belas páginas, entre as quais as mais
misteriosas saíram do lápis afiado de Luiz Pacheco. Nos tempos de Luiz Pacheco
já havia um lago no Parque, com uma casa dos barcos a servir de apoio a
passeios românticos. Não havia, porém, o famoso cisne preto. Ao cisne preto do
lago têm sido imputados diversos crimes, entre os quais o mais frequente é o de
atacar com inusitada violência aqueles que o incomodam. Invejo o cisne, sei de
gente que faria o mesmo aos vizinhos. Não podemos acusá-lo é de irracionalidade
ou de ser meramente instintivo, o cisne está cheio de razão. Um exemplo das
suas razões fica bem ilustrado pela imagem ao alto. Algures entre o surf de
Peniche e a onda gigante da Nazaré, houve quem por aqui se lembrasse de como
interessante seria levar desportos radicais ao lago do Parque. Como que
insatisfeitos com as condições oferecidas pela lagoa de Óbidos, os fãs de stand
up paddle lembraram-se do lago no Parque para levarem a cabo uma demonstração. Onde
dantes víamos barquinhos com namorados, tivemos agora a oportunidade de ver
pranchas com jovens solitários (alguns de joelhos). Ora digam-me se o cisne preto não anda cheio de
razão na sua revolta contra o mundo.
1 comentário:
cambada de pacóvios!
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