Os 71,36% dão-me algum alívio, posso sonhar com um Sporting
sem o grunho. Como nunca simpatizei com a personagem, que desde a primeira hora
julguei arrogante, oportunista, mentirosa, insidiosa, a perder-se em
declarações conflituosas contraproducentes, de uma verborreia incontinente nas
redes sociais, ateando fogos com rivais, sócios, figuras históricas do clube,
jogadores, adoptando um estilo populista anti-media, sinto um certo alívio na
possibilidade de ver-me livre de mais esta figurinha tóxica da vida pública
portuguesa. Por outro lado, os 28,64% inquietam-me. Tal como sucede com
Sócrates, há-de haver sempre quem apoie Bruno. Esses jamais reconhecerão no seu
ídolo a figurinha nociva que ele revelou ser. São os que assobiam, ameaçam, agridem,
uma espécie de jagunços ao serviço das suas próprias obsessões e mais nada. Já disse e
repito: depois do que aconteceu, a destituição do presidente não chega. É
preciso extinguir a Juve Leo e marcar todos quanto possam ter estado envolvidos
na invasão da Academira, de modo a que nunca mais lhes seja permitido colocarem
um pé no estádio. A bem da segurança, da pacificação do clube e dos
serviços mínimos de limpeza social.
2 comentários:
Afinal parece que uma das suas principais virtudes - uma paixão avassaladora e até irracional pelo Sporting - também era uma falácia. Fica assim livre para criar um novo clube onde imperará e onde tem a possibilidade de ser roupeiro, receber o dinheiro das quotas, treinar a equipa de futebol e ser presidente tudo ao mesmo tempo...
Foi uma derrota esmagadora, muito acima das expectativas. O Sporting deu ontem uma lição de democracia (e das grandes...) ao país. Tudo aquilo foi estranhamente belo. O Sporting não é pertença de A nem de B. Quem manda no meu Sporting são os seus sócios.
Os que há dias ofereciam maiorias absolutas a um lunático.
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