segunda-feira, 10 de junho de 2019

AINDA AGUSTINA


A grande maioria da população só terá lido o que lhe foi impingido - estou a ser otimista, talvez também paternalista, mas diria que Agustina levou aí algum avanço. Além de que as adaptações das suas obras ao cinema (mesmo que Manoel de Oliveira não seja de massas) e ao teatro (La Feria já será mais popular) terão ajudado a criar burburinho em torno do seu nome na hora da classe média fazer a sua compra da feira do livro ou adquirir prendas na Fnac.


Ler o post na íntegra: aqui. Escusado será dizer que concordo com tudo. E quanto a títulos do tipo "a última grande romancista viva", o meu romance português preferido escrito por uma mulher chama-se Adoecer. A autora está viva e recomenda-se.

3 comentários:

Anónimo disse...

Dôr de corno de esquerda.

Anónimo disse...

O anónimo que escreveu antes é daqueles que acha que as opiniões são um subproduto do interesse. Aliás, suspeito que o senhor deve medir tudo na sua vida em função do interesse. Por exemplo, se digo que sou contra salários miseráveis, logo ele dirá que é porque tenho inveja de quem ganha bem, se sou pela justiça, logo ele dirá que tenho um familiar a trabalhar como oficial de justiça. Não gosto dos livros que li da Agustina, bem, logo ele dirá que sou de esquerda e que por isso sinto inveja de qualquer elogio a ela dirigido.

Sei que é tempo perdido, de qualquer forma aqui vai: o que anónimo que escreveu antes diz é revelador, apenas, dos seus valores, nada diz sobre os que quebraram o consenso para criticar o trabalho da Agustina, e deixe-me que lhe diga que os valores que revela são desprezíveis. E a capacidade de argumentação é de uma pobreza franciscana.

dama disse...

Olá, visto que se fala aqui de um post que eu fiz, gostaria de lembrar ao anónimo primeiro uma citação de Maria Velho da Costa, escritora que nele menciono: "Quando se disse que a Agustina era reaccionária, e de facto ela foi mandatária da candidatura presidencial do Freitas do Amaral, ela não é uma pessoa reaccionária. É até, sobre certos aspectos, revolucionária." Está numa entrevista que acho interessante, aqui: https://www.publico.pt/2013/01/13/jornal/maria-velho-da-costa-25865926

Anónimo segundo, não me entenda mal, não considero ter criticado a obra de Agustina, nem tive essa intenção, até porque gosto do pouco que li. Apenas coloquei algumas questões sobre coisas que foram ditas nestes dias. De resto, agrada-me que a imprensa seja generosa para com a literatura, e segui com entusiasmo o que foi publicado.