sexta-feira, 24 de setembro de 2021

GLOBO DE NEVE

 
Neva dentro de mim
uma solidão branca
 
Não se vê por fora
a carne é de vidro fosco
 
Mas o corpo é um globo de neve
e a solidão pinga em câmara lenta
atapetando a alma
com álgida brancura
 
Nada me alenta
tudo me encrespa
 
Gelo que arde no osso
líquida secura
 
Juraan Vink
(trad. minha)

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