Quando o museu mais antigo
do Brasil ardeu, um dos
mais completos do mundo
só o enorme meteorito
da entrada restou, inerte
no lugar onde já estava,
como se tivesse sido ele
o culpado.
No incêndio arderam
também as memórias
coloniais portuguesas
e muitas borboletas
manuscritos e gravações
inéditas de tribos entretanto
massacradas.
Mas como disse o jornal
tudo podia ter sido pior:
ao menos não houve vítimas.
Ricardo Marques, in Lucidez, não (edições), Março de 2019, p. 17.
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