Marinho e Pinto, outro trolha promovido pela saloiice
nacional, foi ao programa do Goucha dizer que, e passo a citar, "se
Salazar esteve 48 anos no poder não foi contra o povo português, a maioria do
povo apoiou-o pelo menos até aos anos 60". Depois de Duarte Pacheco a
dizer que este governo é pior do o que tínhamos antes do 25 de Abril, aparece
mais uma figura pública na televisão portuguesa a branquear o fascismo. Tudo
isto se passa sem grandes ondas de indignação, enquanto a extrema-direita
cresce com o patrocínio claro e objectivo de uma comunicação social sempre
disponível para as flatulências de Ventura. A afirmação de Marinho e Pinto é
particularmente grave, pois legitima um regime que sempre impediu o povo de
dizer se estava ou não com Salazar. Escusado falar dos que foram perseguidos,
presos, torturados, assassinados por dizerem que não estavam. Basta referir as
eleições que não existiam, a política de partido único, a oposição na
clandestinidade. Em que se baseia o ex-bastonário, ex-eurodeputado, ex-ex, para
dizer o que diz? Que sufrágio suporta a declaração? Que estudo sociológico?
Mais que não fosse, por respeito à memória de Humberto Delgado, Marinho e Pinto
devia ficar calado, já que pelo povo português esta horda de privilegiados e
arrivistas demonstra não ter respeito absolutamente nenhum. Nem vergonha na
cara. Mas isso já sabíamos.
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