Continuo a escrever no meio das pedras
sem sequer o rumor da folhagem
cego de luz e de sombra
com uma voz cada vez mais nua
dos ninhos onde o silêncio se acoita do mundo
alimentando suas crias (as palavras)
com restos de imagens colhidas no campo
sem os jogos
que entretêm a vocação humana
dos animais
desonestos
cativos no ovo de frustração
cuja casca não logram quebrar
por lhes faltar a pétrea lâmina da verdade
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