sábado, 31 de agosto de 2024

 


O Palhinhas & Ca. 
 
colecção periódicos locais/mensais
número 88 
directório colectivo: José de Matos-Cruz, Joaquim Jordão, António Viana, Álvaro Biscaia
Agosto 2024
 
Verão Índio, p. 11.
 
 
O mais recente número de O Palhinhas & ca., o 88, fez-se com a colaboração de Tóni Cariço, Ricardo Lima, Raquel Vieira, Pedro Biscaia, Pedro Agostinho Cruz, Nuno Meireles, Museu do Neo-Realismo, Marta Monteiro, Linda Benedict Jones, José Quitério, José Smith-Vargas, José de Matos-Cruz, Jorge Seabra, Joaquim Namorado, João Pedro Mésseder, Inês Rigueira, Gilberto Vasco Branco, Gilberto Vasco, Frederica Jordão, Filipa Sotto Mayor, Christopher Jones, Augusto Baptista, António Augusto Menano, António Amargo, André Ruivo, Ana Biscaia, Álvaro Biscaia, AFMFF. Eu escrevo sobre um tal “Verão Índio”, onde a certa altura podeis ficar a saber, se não o souberdes já, que Indian Summer «pode referir-se a um filme de 1993, a La prima notte di quiete, a um episódio de Mad Men, a uma canção dos Manic Street Preachers, ao tema dos The Doors, ao veranito, fenómeno meteorológico invulgarmente quente e seco que ocorre por vezes no Outono. Tudo isto vem na Wikipédia, claro, mas falta o que verdadeiramente interessa. É um dos mais famosos temas de Victor Herbert, o violoncelista que compunha de pé, popularizado pela letra que Al Dubin escreveu 20 anos após a melodia haver sido composta. É mais ou menos assim: «Verão velho Verão índio / És a lágrima que escorre depois dos sorrisos de Junho / Vês tantos sonhos por realizar / Sonhos idealizados quando o Verão era novo / Estás aqui para proteger / Corações partidos / Por palavras que ficaram por dizer / És o fantasma dum romance perdido em Junho / Demasiado cedo desaparecido pelo que te digo / Adeus Verão índio.» Amores de Verão fora de estação, portanto, efémeros como promessas vãs. Enfim, para incumprimentos qualquer altura do ano serve.»

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