Cruz Quebrada, Oeiras. 2011.
É preciso destruir o propósito de todas as pontes,
Vestir de alheamento as paisagens de todas as terras,
Endireitar à força a curva dos horizontes,
E gemer por ter de viver, como um ruído brusco de serras...
Há tão pouca gente que ame as paisagens que não existem!...
Saber que continuará a haver o mesmo mundo amanhã - como nos desalegra!...
Que o meu ouvir o teu silêncio não seja nuvens que atristem
O teu sorriso, anjo exilado, e o teu tédio, auréola negra...
Fotografia: Jorge Aguiar Oliveira.
Texto: Fernando Pessoa.
3 comentários:
Goosto deste canto
Disse-o em tempos. Ainda sei de cor a Hora Absurda. Gosto muito.
Porque há menos deSULteados!
(Pelo menos que eu saiba- também sei pouquito- andam mais pelo norte geográfico!)
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