Uma das grandes tragédias do momento presente é que a maior riqueza social, o indivíduo, assaltado por todos os lados com uma violência cultural que nenhum alto espírito é capaz de discernir sozinho (porque, se é letrado, intrujam-no cientificamente, e vice-versa) o indivíduo tenha de diminuir-se, associar-se, adquirir, por permuta com companheiros dignos de confiança, aquela consciência que, solitariamente, não pode atingir. Tenha, portanto, de abdicar, em nome da liberdade do espírito, algumas parcelas dessa mesma liberdade.
Jorge de Sena
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