segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

THE GREAT TRAIN ROBBERY (1903)

Façamos um breve preâmbulo histórico. Antes de mais, devo dizer que me guio pela História do Cinema Mundial (III Volumes, Livros Horizonte), de Georges Sadoul. Não tenho outra. A páginas noventa e três, o Capítulo IV dedica-se a O Primeiro Surto Norte-Americano. Sadoul informa-nos de que, em 1900, os cafés-concerto de Nova Iorque transformaram-se em cinemas, durante algumas semanas, para anular uma greve dos artistas. «O fonógrafo fazia as vezes da orquestra e um fala-barato comentava os filmes». Eis as novas tecnologias ao serviço do grande capital. Os filmes eram, desta forma, uma alternativa aos espectáculos de variedades, substituíam homens elefantes e mulheres barbudas, gigantes e anões. Foi neste contexto que, em 1905, Harry P. Davis e John P. Harris, empresários do espectáculo e agentes imobiliários, alugaram com enorme sucesso uma sala num bairro de Pittsburgh para passar Great Train Robbery. A experiência deu origem aos Nickel Odeons, salas bastante lucrativas, assim chamadas por ser um nickel o custo da entrada. Assim nasceram os impérios, por exemplo, do tintureiro Fox e dos irmãos Warner, reparadores de bicicletas. Assim nasceram, igualmente, os primeiros directores de estúdio. Entre eles, Edwin S. Porter. Georges Sadoul afirma que «a obra introduz no cinema uma atmosfera nova: o «western»». Não percam, nem que seja ao jeito de homenagem, esta pérola que os maravilhosos arquivos do YouTube disponibilizam:

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