quarta-feira, 10 de julho de 2013

UMA ESPÉCIE DE TABU

Uma das razões que ao longo do tempo me foi afastando do circo é a previsibilidade do número dos palhaços. Uma vez visto o número, todos parecem iguais. Não sei se o leitor concorda comigo, mas pouco evoluímos neste domínio das artes do espectáculo. Ora é o palhaço rico, ora é o palhaço pobre, ora toca cerrote, ora esguicha água de uma flor pregada ao peito. Às vezes também come bolo-rei, outras vezes faz graçolas com a ordenha, mas pouco, muito pouco, varia no número. Desenxabido, com a boca seca, repete-se e inventa coisas descabidas que nos deixam de boca aberta. Mas como já tudo é possível, nada nos espanta. A loucura tomou conta da tenda. Nem quando me ganzo me sinto tão ganzado.

5 comentários:

alexandra g. disse...

A leitora compreende e nem sabe muito bem o que é uma ganza, dado o registo das duas únicas vezes, lá para trás :)

Luis Eme disse...

é verdade.

a superação e a inovação não fazem parte da profissão, mesmo com "tabus".

a única coisa nova que o "palhaço" do Belenenses aprendeu, foi a ser "avisador".

hmbf disse...

Alexandra, compreender é o menos importante. Volta aos fumos. :-)

Luís, agora temos Governo a prazo. É tipo os iogurtes. :-)

rff disse...

As minhas postas de pescada:

1) Este professor não tem legitimidade política nem ética pra falar ao país, com tanto folclore, em horário nobre por um motivo muito simples: há mais, mas ele é "o" culpado do estado a que isto chegou: 10 anos como primeiro e 7 como presidente;

2) A proposta que faz peca por tardia. Porquê só agora? Acordou agora para o mundo o professor. Qualquer pessoa minimamente informada já entendeu que para reformar a sério a constituição tem que ser radicalmente alterada respeitando sempre as liberdades individuais. Para isso é preciso 2/3 do parlamento. Esta evidência não tem nada a ver com o facto de ser de esquerda ou direita: é puro bom senso. O professor percebeu agora...

3) Na primeira vez, em 7 anos, que o professor decide fazer aquilo para que foi eleito: presidir ao país, os efeitos são miseráveis. obviamente que seguro não vai para o governo nesta fase e coelho/portas ficaram sem tapete. A solução podia de facto ser a apontada, mas não é com esta gente que hoje tem poder na pocilga. Portugal não muda assim...

Abç

alexandra g. disse...

A leitora regressa sempre aos "fumos" :)