sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SINALÉTICA

Dei prioridade à mãe com um bebé de meses num carrinho. O homem que estava à frente insurgiu-se questionando se eu estaria de facto a cumprir a lei. O que está na sinalética é uma figura feminina com um bebé ao colo, argumentou. Realmente não está uma figura feminina com um carrinho de bebé, nem uma figura masculina com uma criança às cavalitas, nem uma figura adulta com uma criança pela mão, anuí. Mas uma interpretação literal da sinalética não respeita a civilidade da lei, que diz, muito claramente, terem prioridade pessoas, independentemente do género, acompanhadas com crianças de colo. De colo, não ao colo, tentei explicar. O homem indignado não entendeu a explicação, pretendia discuti-la. Pedi-lhe então que imaginasse uma pessoa deficiente mental. Depois sugeri-lhe um desenho do que ele tinha imaginado. Não sei se percebeu a intenção. 

4 comentários:

Miguel Gomes disse...

Legisle-se a intolerância, para que o humano em regressão se sinta impelido a ser tolerante, apenas porque a lei assim não o diz.

Miguel Gomes disse...

Legisle-se a intolerância, para que o humano em regressão se sinta impelido a ser tolerante, apenas porque a lei assim não o diz.

hmbf disse...

Boa ideia.

Claudia Sousa Dias disse...

Realmente não vale a pena. é dar a prioridade e os incomodados que se vão queixar à mãezinha deles.