Subi e tomei o meu banho. Durante uma hora, fiquei deitado na água apaziguadora, a dormitar mas sem dormir. Para mim, um banho não era tanto a limpeza do corpo, era mais um refrescar da mente. Os meus pensamentos tornaram-se um céu de Verão, com imagens alegres a atravessarem-me a ideia como nuvens brancas: os veleiros de Newport Beach, a beleza pungente de Valli, o terceiro fairway no Fox Hills Golf Club, a prosa de Willa Cather. Juntamente com o meu banho vinham todas as coisas deliciosas, todas as coisas sedutoras, esplêndidas, suaves.
John Fante, in Cheio de vida, trad. Rita Canas Mendes, Alfaguara, Outubro de 2016, p. 82.
2 comentários:
Ah Bandini, não te queixes. Pareces-me bem traduzido. Já não é mau, hein!?
+ ou - :-)
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