Contam-se pelos dedos os poemas de Manuel Alegre que li, todos tão patéticos e anacrónicos que fiquei sem vontade alguma de desperdiçar tempo da minha vida no que escreveu. A figura de Alegre representa na minha pobre e desmiolada cabeça o pior das letras portuguesas. Raduan Nassar, Prémio Camões em 2016, tem em quatro livros publicados matéria para o futuro que, desconfio, a vasta obra de Alegre jamais terá. Ou então muito me enganei com o pouquíssimo que lhe li. Mas, confesso, também não me sinto com forças para ler. Parece que o Camões replica o hábito do Nobel em deixar quase sempre de fora os melhores.
5 comentários:
Assino por baixo.
para a fonte, inchado, vai alegre o pantomino,
despeitado porque "até já podia ter sido"...
ah, pobre Camões: nem choroso nem ofendido;
cuida que ainda te atiram com o sacro tolentino.
Também o acho mau poeta. Ou nenhum poeta...
Concordo quase inteiramente. No caso de Manuel Alegre há uma confusão entre política e literatura.
O homem deve estar doente ou para morrer.
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