Será possível legalmente um grupo de cidadãos processar um juiz por ofensas a toda uma comunidade? É que eu sinto-me ofendido ao ler as fundamentações com que o meritíssimo justifica as suas decisões, e mais ofendido me sinto ao saber que o mesmo pretende processar quem, no exercício legítimo do direito à opinião, o critica. Não ter arcaboiço para a crítica pode ser o princípio de uma explicação para as declarações que tem assinado sobre casos de violência doméstica. E o sindicato, tem alguma coisa a dizer?
6 comentários:
É mesmo, a posição de um juiz num estado democrático não deveria ser de intocável, porque leva ao abuso de poder. E muita gente está ofendida com as posições deste juiz, a começar pelas mulher que são vítimas de violência, Mas lá está, se ele quer processar quem o critica, está a tender para o totalitarismo, é um ditador. Uma besta.
Muito bem dito. Uma besta. Há um desbragamento emotivo nos pareceres labirínticos deste juiz que me leva a imaginá-lo como um ouriço crivado de cornos. Anda a raspar o lodo em que muitas atola. Deixá-lo exercer, é uma maneira preguiçosa de cair e ficar no fundo.
os sindicatos nunca têm nada a dizer.
não o que lhes cabe. isso (já) não.
Existem juízes que o estão a criticar, ainda bem : https://www.msn.com/pt-pt/video/rtp/juiz-jubilado-faz-duras-cr%C3%ADticas-a-neto-de-moura/vi-BBUlE6i?fbclid=IwAR17fogL-SmUznIx0Sx4E1QpQ5HNhA91OEt9iCoiL0Tu1xpyt2Mmdyu1nj0
Sim, o que é notícia é a excepção. Mas esta situação é mais grave do que parece. Num país onde a imagem que as pessoas têm da justiça é tão negativa, haver um juiz que se presta a ser achincalhado por todos pode resultar num "bode expiatório" para males maiores. Uma leitura simples que toca em parte na ferida: http://abencerragem.blogspot.com/2019/03/um-juiz-cilindrado.html
O último parágrafo é o que mais me importa sublinhar:
«Abro um parênteses para dizer que é chocante verificar -- como, de resto, há décadas é dito no espaço público -- que o Código Penal pune com maior gravidade os crimes contra a propriedade e outros (vide os 17 anos a que foi condenado o sucateiro de Ovar, depois reduzidos para 13) do que os crimes contra as pessoas. E aqui o problema não está nos agentes judiciários mas na insuficiência e no cabotinismo das criaturas por cujas mãos têm passado as revisões do dito código nas últimas décadas, e cujo esquema mental não difere muito do tempo do faroeste, quando o roubo de um cavalo era punido com enforcamento do ladrão.
Ora o infelicíssimo juiz Neto de Moura, que já tinha atraído o riso geral com o acórdão da moca com pregos, acabou de algum modo por reincidir. Mas fez pior: procurou ripostar, contra políticos, jornalistas e humoristas. Não tem noção do vespeiro em que se enfiou, será cilindrado. »
Os resultados disto vão ser péssimos.
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