Pode o mundo agigantar-se de permeio deixando os amantes
apaixonados tão pequenos e impotentes, pode o tempo cavar um fosso que parece
devorar a memória, pode a vida de todos os dias traçar outras linhas e outros
destinos. Pode. Mas, apesar de tudo, a raiz do amor que se espalhou sob a pele,
que se insinuou no coração, na mente, no corpo inteiro, um amor nascido das
palavras, selado pelo olhar e unido pela cumplicidade, manter-se-á viva até ao
fim. Alimentar-se-á de tudo, de cada pequena coisa, de um sorriso que se intui,
de um golpe de inteligência que se apercebe mesmo que ao longe, de um poema que
se ama em conjunto, de doces recordações, de um raio de luz que um dia pousou
ao de leve no outro, de umas flores que para sempre emoldurarão a visão do
amado naqueles inocentes e distantes dias em que eram felizes.
In Um Jeito Manso: aqui.
2 comentários:
Olá Henrique,
Sabe o que lhe digo? Parece que o que escrevo me soa melhor quando o leio aqui no seu espaço.
Estava a ler, naquela galeria de blogs que tenho ao lado do meu onde aparece o título e o princípio do texto, e o seu despertou-me interesse (aliás, como acontece quase sempre). Fui ver e, só então, me soou familiar. Que coisa estranha, já nem me parecia coisa minha. E, no entanto, tinha escrito há menos de 24 horas.
Enfim.
E muito obrigada. Gostei de ver as minhas palavras aqui, escolhidas por si.
Saúde!
Não tem nada que agradecer. Leio sempre com entusiasmo o seu weblog, oferece cor à vida. Saúde,
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