A arte do cartoon vive tempos difíceis. Depois dos ataques
ao Charlie Hebdo as notícias não pararam. Por cá, António foi censurado e alvo
de discussão internacional. O The New York Times acabou por terminar com a
publicação de “cartoons”. Há dias, Michael de Adder acabou dispensado de várias
publicações norte-americanas e canadianas por causa de um cartoon que publicou
nas redes sociais. A morte de Mordillo, clássico do cartoon humorístico,
acontece numa época em que a publicação de bonecos parece cada vez mais
ofensiva. Por um lado, isso é bom. Interpretamos nestas reacções escandalizadas
uma força de provocação que julgávamos para sempre perdida no mundo das artes.
Por outro lado, é sinal de uma escalada de puritanismo bacoco que obriga todos quantos
amam a liberdade e a arte a estarem atentos e interventivos.
Sem comentários:
Enviar um comentário