terça-feira, 27 de outubro de 2020

O ÚLTIMO A RIR

O PSD foi a barriga de aluguer que gerou Ventura. É história. Depois de todas as patifarias vindas a lume, já com a base ideológica claramente clarificada, o Chega tem merecido a compreensão de Rui Rio. O episódio de hoje é sintomático do que se passa na política portuguesa. A crise está aí, Ventura ri e até é provável que esfregue as mãos de contentamento. Nos Açores, acabou de almejar mais dois tachos para cozinhar o seu ideário populista, racista, xenófobo, elitista. Em suma, ideário fascista. Rui Rio acompanha Ventura nos risinhos quando Jerónimo se levanta para falar no parlamento. Percebe-se quem está no lado da responsabilidade, pensando nas pessoas, e quem se instalou no lado da politiquice, pensando em benefício próprio. Ventura ri. Rio ri. Jerónimo diz que não acha graça nenhuma. Eu também não, e desconfio que para lá das paredes do parlamento sejam poucos os portugueses a achar alguma graça a estes tempos que estamos a viver.

3 comentários:

Maria Eu disse...

Não votando PC, senti-me em total sintonia com Jerónimo de Sousa!
Não é de achar graça, de todo!

João Cerqueira disse...

Permita-me discordar. O Chega, como todos os partidos anti-sistema, é filho da má governação, da corrupção, do desprezo dos governantes pelos cidadãos. Logo, o CHEGA é filho do PS. Um filho bastardo que ameaça devorar o pai.

hmbf disse...

João Cerqueira, não precisa de permissão para discordar. Até lhe agradeço. Numa coisa estamos de acordo: o Chega é filho de má governação. Da má governação de Aníbal Cavaco Silva e António Guterres, José Manuel Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e José Sócrates, da má governação de Pedro Passos Coelho e António Costa. Tudo governos alternados PPD-PSD e PS, com o apoio, em casos sobejamente conhecidos, do CDS ou de deputados isolados deste partido. O resto é história. Ventura surgiu com o discurso xenófobo nas autárquicas de 2017. Foi escolhido pelo PSD para liderar a candidatura à Câmara Municipal de Loures, não foi escolhido pelo PS. O CDS retirou-lhe apoio, Passos Coelho manteve o apoio. Foi candidato do PSD. Não foi do PS. Será preciso um enorme contorcionismo para responsabilizar o PS pela germinação deste bastardo.