domingo, 19 de dezembro de 2021

UM POEMA DE MANUEL DE CASTRO

 


OFÉLIA

Corolas de flores desenham nas pontes
os nomes as faces a coroa o ducado
das árvores o cheiro da imagem
levada nos ombros

Está morta deitada na sombra das folhas
sem rio sem azul só tom de penumbra
que envolve que corta contornos de fogo
presenças casuais

Manuel de Castro, in Bonsoir, Madame, Alexandria/Língua Morta, Dezembro de 2013, p. 78.

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