(…)
CASSANDRA
Ai!, ai!, ali, vede!, afastai da vaca
o touro, nas vestes
envolve-o e fere-o com um engano de negro
corno; ele então cai na banheira cheia de água.
Falo-te do desfecho na banheira que mata à traição!
CORIFEU (Falando.)
Não me posso gabar de ser um intérprete entendido
em oráculos, mas isto assemelha-se-me a um mal.
CORO (Cantando e dançando agitadamente)
Dos oráculos, que palavra feliz
resultou para os mortais? Pois é pelo mal
que as artes palavrosas
dos intérpretes trazem o medo como lição.
(…)
Ésquilo, Agamémnon, trad. José Pedro Moreira,
Artefacto, Fevereiro de 2012, p. 66.
Ai!, ai!, ali, vede!, afastai da vaca
o touro, nas vestes
envolve-o e fere-o com um engano de negro
corno; ele então cai na banheira cheia de água.
Falo-te do desfecho na banheira que mata à traição!
Não me posso gabar de ser um intérprete entendido
em oráculos, mas isto assemelha-se-me a um mal.
Dos oráculos, que palavra feliz
resultou para os mortais? Pois é pelo mal
que as artes palavrosas
dos intérpretes trazem o medo como lição.
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