Há tempos ouvi alguém dizer na TV (acho que foi ao Herman
José, mas não tenho a certeza) que o angustiava a ideia de, estando certa a lei
darwinista do mais forte, sermos herdeiros das criaturas mais ruins, perversas
e maldosas. Fiquei a cogitar no assunto. Embora mais forte não signifique
necessariamente mais maldoso, faz um certo sentido pensar que os mais fracos
são os mais indefesos e, por isso mesmo, os menos maldosos. É um argumento que
devia ser tomado em conta pelos líderes espirituais submetidos ao celibato. Não
faz sentido que o Papa, por exemplo, comece logo por desobedecer ao Senhor
prescindindo da multiplicação. Deus disse: multiplicai-vos. Era nisso que Suas
Santidades deviam investir, até para termos mais santos e gente bondosa e
caridosa neste mundo. Precisamos dos genes puros dos santos. Nietzsche só
acreditaria num Deus que dançasse, eu só acreditarei numa religião que tenha
como sumo representante um varrasco.
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