Fazer da literalidade o inimigo, é este o programa. O
método pode chamar-se alegoria ou parábola. A ironia, a sátira, o cómico, são
ferramentas que não prescindem do trágico. Este é real, omnipresente, tanto que
o dissimulam com todo o tipo de placebos. Portanto, o tragicómico será o
terreno ideal para o combate à literalidade. O cinismo enquanto filosofia nada
tem de manigante. Nunca como hoje foi tão importante pegar no exemplo de
Diógenes contra a literalidade dos parabolanos mais sua horda de santos. Abaixo
a literalidade, adeus à razão, morte ao unívoco.
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