Numa praia de ossos esmagados
uma orquestra de doentes mentais
toca o hino nacional da república dos Ogres.
Na câmara de gás da prisão,
os representantes da lei e o algoz
jogam batalha naval.
Sob o olhar terno de uma parteira zarolha
um bebé nasce à meia-noite e morre à meia-noite e um.
uma orquestra de doentes mentais
toca o hino nacional da república dos Ogres.
Na câmara de gás da prisão,
os representantes da lei e o algoz
jogam batalha naval.
Sob o olhar terno de uma parteira zarolha
um bebé nasce à meia-noite e morre à meia-noite e um.
Abdelmajid Benjelloun (1944) nasceu em Fez. É historiador,
poeta e pintor. Especialista na história do Norte de Marrocos, leccionou nas
universidades de Casablanca (1983) e Rabat (2002). Membro da Maison de la
poésie du Maroc, produz desde 1999 um programa de rádio na RTM: “Paroles
d’esplanade”. Tem vários livros publicados, quer de História, quer de
Literatura. Estreou-se em 1976 com “Etres et choses, la même silence”. O poema
aqui divulgado provém desse livro e foi incluído na “Anthologie de la Poesie
Marrocaine d’expression française”, organizada por Jean-Pierre Koffel para as
Éditions Aïni Bennaï, 2006, p. 33. Versão de HMBF.
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