Fique avisado quem entre no X (Twitter), aquilo é a maior rede de esgotos da propagação do racismo em Portugal. Depois faz o seu caminho pelas caixas de comentários dos jornais e desagua nos boletins de voto do Chega. De resto, os deputados eleitos deste partido são os maiores promotores dessas ideias racistas e xenófobas, com posts frequentes sobre uma putativa substituição da "raça portuguesa", acompanhada de vídeos com pessoas à espera de familiares no aeroporto, festas religiosas no Martim Moniz, imigrantes a tentar sobreviver em condições indigentes, ou simples grupos de gente a dançar, a divertirem-se como qualquer mortal, nos festejos de fim de ano nas praças das cidades portuguesas. Claro que esses indivíduos são sempre “os pretos”, “os monhés”, “os ciganos”, etc, o que os torna, à luz dos padrões morais de quem assim se lhes refere, pessoas inferiores… Qualquer crime que envolva uma destas pessoas, é empolado por esses deputados como suposta prova de uma depravação que está no ADN dos estrangeiros mas, pelos vistos, não afecta o ADN da “raça lusitana”. Esses deputados eleitos pelo povo, sustentados pelo povo, legitimados pelo povo, são uma demonstração eloquente da xenofobia e do racismo que matizam a sociedade portuguesa, facilmente detectável, por exemplo, na caixa de comentários de um jornal local que noticia a abertura de um novo estabelecimento comercial de nepaleses ou indianos. O que se está a passar, sob o olhar de todos e com a indiferença da maioria, nomeadamente daqueles que tinham o poder de travar esta bola de neve, não é já só um risco. É a clara institucionalização do racismo e da xenofobia, contra os ideais de tolerância humanitários fixados no papel apenas para inglês ver.
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO RACISMO
Fique avisado quem entre no X (Twitter), aquilo é a maior rede de esgotos da propagação do racismo em Portugal. Depois faz o seu caminho pelas caixas de comentários dos jornais e desagua nos boletins de voto do Chega. De resto, os deputados eleitos deste partido são os maiores promotores dessas ideias racistas e xenófobas, com posts frequentes sobre uma putativa substituição da "raça portuguesa", acompanhada de vídeos com pessoas à espera de familiares no aeroporto, festas religiosas no Martim Moniz, imigrantes a tentar sobreviver em condições indigentes, ou simples grupos de gente a dançar, a divertirem-se como qualquer mortal, nos festejos de fim de ano nas praças das cidades portuguesas. Claro que esses indivíduos são sempre “os pretos”, “os monhés”, “os ciganos”, etc, o que os torna, à luz dos padrões morais de quem assim se lhes refere, pessoas inferiores… Qualquer crime que envolva uma destas pessoas, é empolado por esses deputados como suposta prova de uma depravação que está no ADN dos estrangeiros mas, pelos vistos, não afecta o ADN da “raça lusitana”. Esses deputados eleitos pelo povo, sustentados pelo povo, legitimados pelo povo, são uma demonstração eloquente da xenofobia e do racismo que matizam a sociedade portuguesa, facilmente detectável, por exemplo, na caixa de comentários de um jornal local que noticia a abertura de um novo estabelecimento comercial de nepaleses ou indianos. O que se está a passar, sob o olhar de todos e com a indiferença da maioria, nomeadamente daqueles que tinham o poder de travar esta bola de neve, não é já só um risco. É a clara institucionalização do racismo e da xenofobia, contra os ideais de tolerância humanitários fixados no papel apenas para inglês ver.
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