sábado, 10 de fevereiro de 2024

A HISTÓRIA DE UMA ESPÉCIE DE DEBATE

 


Paulo Raimundo está nos antípodas daquilo que a comunicação social espera na actualidade, ou seja, o espectáculo. É um homem simples e sério, cujas convicções políticas podem ser debatidas, mas cujos valores éticos não estão sujeitos a debate. Ontem teve à sua frente o que mais agrada à imprensa portuguesa, o espectáculo, a mentira, a demagogia, o chiste, a provocação. 


Alguns comentadores acusam Raimundo de falta de energia, que não tem verve nem respostas na ponta da língua como se os problemas não fossem complexos e exigissem reflexão. É claro que, nesses aspectos, Ventura está em vantagem, tem doutoramento em populismo na escola mediática com tese no comentário futebolístico (esse antro de fanatismo onde tudo é permitido, da agressividade ao insulto, deste à violência). Só que ontem foi metido no bolso, e a expressão não é minha. É de uma jornalista que nunca se furtou a críticas ao PCP. 

Raimundo não só desmentiu com clareza mentiras que circulam sobre o PCP, como expôs propostas honestas. Ao contrário de Ventura, que, demagógico como sempre, exibiu propostas inexequíveis, disparou insultos e provocações como bullie que é, e meteu o rabo entre as pernas quando confrontado com a verdade: Quanto é que o Chega pagou de impostos, perguntou Raimundo. Não sei, engoliu Ventura. Vamos todos ficar à espera da resposta. O debate foi mau? Foi. Nenhum debate com Ventura pode ser bom. E Raimundo está a começar, precisa de traquejo. Mas pelo menos serviu para, muito claramente, demonstrar onde estão a seriedade e a desonestidade.

Para uma leitura avisada dos acontecimentos, ler aqui o relato: https://www.dn.pt/7080208626/raimundo-veio-acabar-com-uma-mentira-ventura-acusou-o-pcp-de-morte-roubo-e-destruicao/

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