Paulo
Raimundo está nos antípodas daquilo que a comunicação social espera na
actualidade, ou seja, o espectáculo. É um homem simples e sério, cujas
convicções políticas podem ser debatidas, mas cujos valores éticos não estão
sujeitos a debate. Ontem teve à sua frente o que mais agrada à imprensa
portuguesa, o espectáculo, a mentira, a demagogia, o chiste, a provocação.
Alguns
comentadores acusam Raimundo de falta de energia, que não tem verve nem
respostas na ponta da língua como se os problemas não fossem complexos e
exigissem reflexão. É claro que, nesses aspectos, Ventura está em vantagem, tem
doutoramento em populismo na escola mediática com tese no comentário
futebolístico (esse antro de fanatismo onde tudo é permitido, da agressividade
ao insulto, deste à violência). Só que ontem foi metido no bolso, e a expressão
não é minha. É de uma jornalista que nunca se furtou a críticas ao PCP.
Raimundo não só desmentiu com clareza mentiras que
circulam sobre o PCP, como expôs propostas honestas. Ao contrário de Ventura,
que, demagógico como sempre, exibiu propostas inexequíveis, disparou insultos e
provocações como bullie que é, e meteu o rabo entre as pernas quando
confrontado com a verdade: Quanto é que o Chega pagou de impostos, perguntou
Raimundo. Não sei, engoliu Ventura. Vamos todos ficar à espera da resposta. O
debate foi mau? Foi. Nenhum debate com Ventura pode ser bom. E Raimundo está a
começar, precisa de traquejo. Mas pelo menos serviu para, muito claramente,
demonstrar onde estão a seriedade e a desonestidade.
Para uma leitura avisada dos acontecimentos, ler aqui o relato: https://www.dn.pt/7080208626/raimundo-veio-acabar-com-uma-mentira-ventura-acusou-o-pcp-de-morte-roubo-e-destruicao/
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