Começam hoje os debates para as legislativas de 10 de Março. Alguns partidos ainda não tornaram públicos os seus programas eleitorais. Vão debater o quê? Ontem, em conversa com amigos, enfastiava-me com as demonstrações de simpatia por este ou por aquele candidato, fundamentadas em leituras subjectivas do "saber estar", "saber falar", "postura", essas coisas. Nem uma ideia se discute, nem uma proposta se argumenta. O debate político está reduzido a esta "fulanização" dos partidos no rosto dos seus líderes, o discurso publicitário tomou conta da política. Ganha quem for melhor a vender um produto que as pessoas não compram por lhes ser útil, mas por serem convencidas da sua utilidade. Tudo isto é desgraçadamente medíocre e deprimente.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
DEBATER O QUÊ?
Começam hoje os debates para as legislativas de 10 de Março. Alguns partidos ainda não tornaram públicos os seus programas eleitorais. Vão debater o quê? Ontem, em conversa com amigos, enfastiava-me com as demonstrações de simpatia por este ou por aquele candidato, fundamentadas em leituras subjectivas do "saber estar", "saber falar", "postura", essas coisas. Nem uma ideia se discute, nem uma proposta se argumenta. O debate político está reduzido a esta "fulanização" dos partidos no rosto dos seus líderes, o discurso publicitário tomou conta da política. Ganha quem for melhor a vender um produto que as pessoas não compram por lhes ser útil, mas por serem convencidas da sua utilidade. Tudo isto é desgraçadamente medíocre e deprimente.
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2 comentários:
O mesmo acontece na arte, vende-se mais o que se vende melhor, não propriamente o que é mais difícil, diferente ou desafiante. Isso exige muito investimento próprio porque transformar é um compromisso exigente. Felizmente a generalização de um povo nunca toma posse de toda a sua realidade.
Compreendo-te, pois é cada vez mais difícil debater ideias.
Não deve faltar muito tempo para os candidatos se parecerem a maquinas de lavar, aspiradores ou mesmo robôs de cozinha.
Como as coisas estão muitos chegarão às urnas e esquecer-se-ão quem são, porque estão ali e a fazer o quê.
Então haverá razão para votar desde casa.
Abraço.
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