"Bob Dylan", Bob Dylan.
Os primeiros acordes que arranhei na guitarra foi a tentar tocar “Blowin’ in The Wind”, “The Times They Are A-Changin”, “Knockin’ on Heaven’s Door”. “All Along the Watchtower”, entre outras do Nobel da Literatura Bob Dylan. A sinusite e a rinite ajudavam à imitação do registo nasalado de Dylan, que, na verdade, não é tão nasalado quanto se pinta. Tem dias. Vi-o duas vezes ao vivo. A primeira foi para esquecer, valeu pela primeira parte de Laurie Anderson. Mas a segunda, mais recente, teve qualquer coisa de religioso. São canções que me têm acompanhado a vida inteira, pelo menos desde que me lembro de ter vida. A minha versão preferida de “House of The Rising’ Sun” continua a ser a do álbum de estreia, um conjunto de canções que dá bem conta da força da folk norte-americana. O blues, a country, a canção de protesto à la Woody Guthrie, mas também o gospel, são uma escola imprescindível que Dylan acolheu, transformou, promoveu, por vezes em contextos bastante adversos e polémicos. Não é consensual e ainda bem, detesto consensos. Eu sou fã incondicional, mesmo percebendo que aqui e acolá o oportunismo falou mais alto e traiu valores essenciais. Ainda assim, quem me tira “Like a Rolling Stone” tira-me parte da vida.
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