Aos debates, segue-se um batalhão de comentadores que
avalia e treslê e opina e se diverte. Não são candidatos a nada, mas é como se
fossem porque o protagonismo é deles. Alguns terão carteira de jornalista, mas
não se entende porquê. Talvez nas horas vagas dispam o fato de estrelas do
comentariado e façam, de facto, jornalismo, actividade que, estou em crer, é
mais qualquer coisa do que comentar debates e dar notas a políticos. Também
nesta matéria o espectáculo engoliu-nos, o entretenimento impôs-se. É isto a
americanização do mundo. Trump tem razão, esta gente devia pagar direitos de
autor pelos modelos decalcados nesse bastião da democracia que nunca como hoje
foi tão claramente prenunciador do futuro que nos aguarda.
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