Há que cerrar as
pálpebras
activar a cúpula de
ferro
para devolver
silêncio à alma
De algum modo tapar
ouvidos
ou mergulhar bem
fundo
nas águas paradas
de um tanque
Proteger a carne do
ruído
vestir o
impermeável heróico
que nos escuda das
imagens
E depois estirar os
lábios
na ponta de um
cigarro
levado à chama de
um fósforo
Pousar na varanda
onde os pássaros
vêm depenicar no
chão
os restos da nossa
sombra
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