O Domingo não podia começar melhor. No bairro, pelas seis
da manhã, uma cena de porrada das valentes. Ouvi correrias e gritos, não vi
nada. Estava um nevoeiro carregado. Os impropérios que saíam do nevoeiro eram uma boa metáfora do estado da nação.
Passeando pelos weblogs, dou com estas fotografias, um vídeo do escritor José Luís Peixoto a vender viagens e um grupo de velhotas na palhaçada. São três momentos dignos de serem vistos e pensados. A cara das
miúdas de Odivelas, o discurso do escritor, a dança das velhotas, é tudo
grotesco.
Abro a página do Público, convencido de que tenho o dia
ganho, e leio que Santana Lopes é um dos presidenciáveis à direita. Ocorre-me
de imediato a figura de Daniel Oliveira aos saltos na cadeira do Eixo do Mal, a falar
de boca cheia e com os braços muito abertos, dando murros na atmosfera,
transparecendo uma indignação digna de anedota. Ontem disse algo como isto: em
Portugal, ser-se notável é ter participado da ruína estando acima de qualquer
responsabilidade pela mesma. Tem razão.
Entretanto, como a impunidade acabou…
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