O farol é falacioso, não te orienta nos acidentados
recessos da alma. Com sorte, o nevoeiro abrir-te-á os olhos para a serra. É lá
que os covis protegem do naufrágio piratas com espadas de pau. Mortos do
trabalho, enterrados pela vida doméstica, correm o sério risco de encalhar
algures num promontório sugestivo. Seria tentador, acelerar a queda com um
mergulho, não fosse o impacto do vento na pele.
2 comentários:
Hoje lembrei-me do poema de Bukowski (my father) que te tinha referido Aquando do último café.
Está lá na minha tabanca: http://ancorasenefelibatas.wordpress.com/2014/04/12/bukowski-my-father/
Com um abraço do sul
Excelente.
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