O projeto nasceu de uma
vontade de retratar uma realidade e de uma advertência. A realidade era a
memória de esquadrões da morte que, há quatro décadas, mataram milhares de
militantes e simpatizantes comunistas em Sumatra (Indonésia) sob um regime de
impunidade que ainda hoje faz dos perpetradores dessas mortes figuras de
tranquilo dia-a-dia. Joshua Oppenheimer soube das histórias ao caminhar por
aqueles lados, as memórias do terror ainda vivendo entre os habitantes da
região. Queria filmar essas memórias. Mas, advertido, optou por falar com os
perpetradores e não com familiares e amigos de sobreviventes. E, para seu
espanto, deram o sim ao desafio e falaram para a câmara...
Nuno Galopim, aqui.
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