Cada vez mais se pede à poesia que mostre a catástrofe. Cada vez mais se lhe pede o desequilíbrio, a recusa da ordem vocabular, a desagregação da crença na linguagem. Cada vez mais se lhe exige que testemunhe a crise dos tempos, que se fanatize às ordens ideológicas. Vivemos a cegueira dos discursos.
Joaquim Manuel Magalhães, a propósito de Pedro Tamen, is Os Dois Crepúsculos - Sobre poesia portuguesa actual e outras crónicas, A Regra do Jogo, 1981, p. 191.
3 comentários:
A catástrofe dá cabo de nós :)
Ah, menina C, maior catástrofe é a ausência da catástrofe. :-)
"Dá-me os óculos..."
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