Segundo o jornal Público, a responsável por uma
Associação de Psicólogos Católicos afirmou que ter um filho homossexual é como
ter um filho toxicodependente. Desconheço o contexto em que tal afirmação possa
ter sido proferida, nem sabia da existência de uma Associação de Psicólogos
Católicos. A invasão da ciência pelo esoterismo é-me estranha. Mas agrada-me o
perfil da beata, desafia-me o pensamento com toda uma série de conjecturas:
1. Para esta "psicóloga", a que será comparável ter um filho gay toxicodependente?
2. Poderemos considerar que consultar um psicólogo católico é o mesmo que nos confessarmos a um padre?
3. Qual a diferença entre um padre e um padre e um padre?
4. E se o filho gay for católico?
5. E se for católico, gay, toxicodependente e
seminarista?
6. Presumindo que a toxicodependência careça de tratamento, que receita para tratar um homossexual?
7. Referindo-se a psicóloga a estigmas, como surgirão os estigmas?
8. Poderemos considerar a afirmação proferida um estigma social?
9. Ter um filho toxicodependente é um problema inquestionável. Ter um filho homossexual é um problema?
10. Ter um filho sacristão é como ter uma vítima de pedofilia?
11. Ter um filho seminarista é como ter um potencial criminoso?
6. Presumindo que a toxicodependência careça de tratamento, que receita para tratar um homossexual?
7. Referindo-se a psicóloga a estigmas, como surgirão os estigmas?
8. Poderemos considerar a afirmação proferida um estigma social?
9. Ter um filho toxicodependente é um problema inquestionável. Ter um filho homossexual é um problema?
10. Ter um filho sacristão é como ter uma vítima de pedofilia?
11. Ter um filho seminarista é como ter um potencial criminoso?
(…)
16 comentários:
Pior do que tudo isso junto só mesmo ter um filho comunista. Mas graças a Deus acabaram com isso.
https://www.youtube.com/watch?v=C53bYzFohcE
mesmo não conhecendo o contexto ( e muitas voltas se dão ao contexto)é como dizia o outro há muitos anos: perdoai-lhes...
Lady Kina, a minha mãe ainda hoje não se conforma.
Maria, não têm perdão. Tiveram todas as oportunidades do mundo para aprender, saber, pensar. Não têm perdão.
Bom dia, Henrique
Só dás desgostos à tua mãe :)
Na minha família há um comunista gay... uma desgraça.
E ainda por cima o rapaz é inteligente, não se percebe o que lhe aconteceu, como lhe deu logo para duas coisas tão ruins (ironizando, claro)!
Saúde e um abraço
Lia
Este é um daqueles casos que só é um caso quando se retira o contexto à frase.
E nem sendo necessário dizer que discordo da senhora, mas já o dizendo na mesma que isto nunca se sabe, não sei o que é pior. Se as declarações ou se um inquérito com vista a processo disciplinar (para aplicação de sanção) por ter feito tais declarações.
Não sei o contexto desta frase em concreto, mas entretanto vi isto: https://www.youtube.com/watch?v=-xiqqq2OYdc . Não há contexto que a salve. Vai para o Inferno.
Lia, pelo menos dei-lhe netas. E até ver ainda não foram tocadas pela doença do comunismo. E que eu saiba, também são sexualmente saudáveis.
Espero que não. Teríamos de conviver!
Desculpa pirata, mas quem fala assim não pode exercer psicologia:
«Eu entendo que a homossexualidade é uma doença porque a nossa sexualidade, para além do facto de ter de ser vivida como uma unidade da pessoa , portanto, aquilo que a pessoa é expressa fisicamente e como nós sabemos a complementaridade homem e mulher destinam-se a expressar justamente essa unidade na comunhão, e isso não é possível se a entrega for feita entre duas pessoas que são iguais. Portanto, toda a sexualidade que não é vivida na diferença entre homem e mulher é, de certo modo, uma sexualidade que não é assumida na plenitude, é como se fosse uma “infantilização” da sexualidade. Infantilização no sentido de não ser completo, não ser adulto. Porque um adulto vive a sua sexualidade de forma adulta, é capaz de suportar a dificuldade que é entregar-se a alguém que não é exactamente igual a ele. E eu tenho verificado mesmo na clínica que esta é uma das grandes dificuldades das pessoas que, enfim, são perturbadas pela homossexualidade, a dificuldade de poder confiar em alguém que lhes aparece como sendo tão diferente pelo facto de ser de outro sexo. Portanto, isto é uma das características da homossexualidade que a torna uma perturbação psicológica. Depois também é muito cultural, hoje em dia. Porque a partir do momento que a nossa cultura defende e até incentiva a utilizar a homossexualidade como uma coisa normal ou a ver a homossexualidade como uma coisa normal, as pessoas já nem sequer se põem a questão se será certo ou errado, se estão bem ou se estão mal, se é uma perturbação ou não. E então vivem-na como normal, o que faz com que cada vez se generalize mais. Nós sabemos que uma coisa que é errada, se a lei ou a moral comum a toma como correcta deixa-se de pôr a questão, deixa de ser um problema. Portanto, às tantas também é um problema cultural grave.»
Seria o mesmo que a Ordem dos médicos aceitar que o Professor Herrero exercesse medicina.
Henrique, como escrevi, estava a "ironizar", tal como quando me referi a uma pessoa da minha família (tão inteligente, tão bom rapaz... gay e comunista).
Abraço
Mas as declarações da polémica não são essas. Eu essas nunca tinha lido.
Não conheço as da polémica. Procurei o nome da senhora no Youtube e dei com isto.
E ser filha dessa psicóloga católica? Deve ser um atrofio!
Ou não.
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