Não tenho interesse absolutamente nenhum nas eleições
americanas. É-me indiferente quem ganhe ou quem perca. São ambos péssimos,
horríveis, inimagináveis. Mas os states são o que são, muita gente por cá é que
vive convencida de que não:
Não creio que nos seja indiferente -- não fora George W. Bush e os seus falcões republicanos, não haveria o caso do Iraque, da Síria, dos refugiados; não decerto como os conhecemos. E Bush "roubou" a eleição a Gore. Ora o actual candidato republicano faz Bush parecer um menino de coro. Com ele com o dedo no gatilho do maior arsenal nuclear do mundo, Hiroshima é onde ele quiser. No Iraque e na Síria, as armas são, ainda assim convencionais. Nas mãos de Trump, não é certo que as próximas incursões imperiais não tenham uma componente letal à escala do ego da criatura.
Pois, mas isso ultrapassa-me quando olho para a Hillary e tento imaginá-la entre os generais do lobismo. Muito friamente, não creio que quem mande naquele país seja o presidente eleito pelo povo. E o Trump é só conversa, um típico "director comercial" com meros interesses pessoais. É óbvio que enquanto fachada, prefiro a Clinton. Mas ganhe um ou outro, o mundo continuará tristemente desequilibrado. Uma coisa agradeço aos americanos depois destas eleições, assim como agradeço aos brasileiros depois do que se viu este ano, rejuvenesceram o meu orgulho pátrio. Isto por cá é mesmo um paraíso comparado com aqueles circos.
Partilho da resposta ao primeiro comentário. Felizmente, parece evidente a escolha dos americanos no mal menor. Os EUA tinham uma oportunidade de ouro para continuar a mudar, desta vez de forma mais acentuada, com Bernie, mas ainda não estão preparados. Não cumpriu todo o plano eleitoral mas vamos ter saudades de Obama.
Sim, apesar de ter concretizado pouco, Obama conseguiu muito levando-nos a acreditar ser possível uma América mais solidária. Vai deixar saudades, sem dúvida. Sanders está com o lobby das armas, o que não abona a seu favor.
4 comentários:
Não creio que nos seja indiferente -- não fora George W. Bush e os seus falcões republicanos, não haveria o caso do Iraque, da Síria, dos refugiados; não decerto como os conhecemos. E Bush "roubou" a eleição a Gore. Ora o actual candidato republicano faz Bush parecer um menino de coro. Com ele com o dedo no gatilho do maior arsenal nuclear do mundo, Hiroshima é onde ele quiser. No Iraque e na Síria, as armas são, ainda assim convencionais. Nas mãos de Trump, não é certo que as próximas incursões imperiais não tenham uma componente letal à escala do ego da criatura.
Pois, mas isso ultrapassa-me quando olho para a Hillary e tento imaginá-la entre os generais do lobismo. Muito friamente, não creio que quem mande naquele país seja o presidente eleito pelo povo. E o Trump é só conversa, um típico "director comercial" com meros interesses pessoais. É óbvio que enquanto fachada, prefiro a Clinton. Mas ganhe um ou outro, o mundo continuará tristemente desequilibrado. Uma coisa agradeço aos americanos depois destas eleições, assim como agradeço aos brasileiros depois do que se viu este ano, rejuvenesceram o meu orgulho pátrio. Isto por cá é mesmo um paraíso comparado com aqueles circos.
Partilho da resposta ao primeiro comentário. Felizmente, parece evidente a escolha dos americanos no mal menor. Os EUA tinham uma oportunidade de ouro para continuar a mudar, desta vez de forma mais acentuada, com Bernie, mas ainda não estão preparados. Não cumpriu todo o plano eleitoral mas vamos ter saudades de Obama.
Sim, apesar de ter concretizado pouco, Obama conseguiu muito levando-nos a acreditar ser possível uma América mais solidária. Vai deixar saudades, sem dúvida. Sanders está com o lobby das armas, o que não abona a seu favor.
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