Vão-me chamando elfo, o melhor dos elfos, aquele que produz
e almeja um objectivo como o galgo almeja o coelho. Dia para dia, cada imagem é
pior do que a anterior. Sobrepõem-se como cenas num pesadelo que parece não ter
fim, tal o infantilismo que nos obsidia e serve para disfarçar a incúria, o
descaso, a ganância assassina que deforma o mundo. Patranhas motivacionais que
encalham no mundo do trabalho sem dar à costa nas contas bancárias de quem
trabalha, os elfos. Eles eram belos, mágicos. Anões. Eles continuam anões,
divindades menores de uma natureza esquecida, roubados à floresta para dentro
de Centros Comerciais onde quotidianamente vêem a magia perecer aos pés da
paciência e vêem a paciência falecer aos pés do cansaço.
2 comentários:
Muito bom, pobres elfos.
Podes crer.
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