Em versões muito livres e arriscadas, aqui e aqui. Para o Jorge Muchagato.
E mais este:
E mais este:
ESTE PÃO QUE REPARTO
Este pão que reparto foi outrora aveia,
Este vinho mergulhou sobre o fruto
De uma vide estrangeira;
Pelo dia o homem ou pela noite o vento
Sulcaram as baixas colheitas, deceparam a alegria da uva.
Outrora neste vinho o sangue de Verão
Bateu na carne que cobria a videira,
Outrora neste pão
A aveia foi feliz ao vento;
O homem domou o sol, puxou para baixo o vento.
Esta carne que repartes, este sangue que deixas
Criar desolação na veia,
Foi vide e aveia
Nascidas da raiz sensual e da seiva;
O meu vinho que bebes, o meu pão que mordes.
Dylan
Thomas, in Twenty-Five Poems (Setembro de 1936)
Versão
de HMBF
2 comentários:
Muito obrigado, Henrique, um abraço e saúde! :)
O grande Dylan. Já tentei ler no original, mas é muito complicado para quem não tem formação especifica em inglês. Sendo um escritor de tremenda importância, as traduções da sua poesia são escassíssimas, "A Mão ao Assinar este Papel" e pouco mais, tenho cá em casa uma outra coisa julgo que dos anos 70, muito sumária. Fazia falta uma boa tradução da sua obra poética. Parabéns pela tradução, oportuníssima.
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