sexta-feira, 13 de março de 2020

UM POEMA DE JOÃO PAULO COTRIM

não encontro 
melhor elogio
da sólida solidão
do que esse teu
dedo médio
despido de anéis
antena em busca
da interrogação
perdida algures
no cerne

se a navalha desaparece
é para te encontrar
nos meus olhos

João Paulo Cotrim, in Navalha no Olho, Nova Mymosa, Fevereiro de 2020, p. 27.

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