Um país que é um circo, com um palhaço na presidência da República, um equilibrista como primeiro-ministro, uma comunicação social reduzida à condição de caniches amestrados, uma oposição de ilusionistas. Não há paciência para este circo, é uma tristeza assistir, de dia para dia, ao afundar da democracia. Ontem, ao passar os olhos pelo telejornal da SIC, lá veio a bucha do congresso do PCP. Será a Festa do Avante de Inverno, preparem-se. Está tudo encenado para a nova retórica dos favorecimentos, uma narrativa que só favorece, publicita e propagandeia os grunhidos daqueles que ainda ontem, em pleno Rossio, entre "caralhadas" diversas, falavam de uma "pseudo-pandemia ó qu' é". Tudo isto é muito triste, perceber que quem mais tem o dever de defender a democracia é quem está menos preparado para o fazer. Do berço dado por Passos Coelho ao discurso xenófobo até à coligação açoriana recentemente subscrita pelos paladinos do liberalismo, passando pela contabilidade de vergonhas na AR, é uma passadeira estendida à passagem de um Portugal burgesso como há muito não se via.
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