Um amigo fez-me chegar por Messenger um daqueles arrotos que o João Miguel Tavares publica no Público convencido de que são crónicas. Não fui ler, já dei para o peditório do João Miguel. De resto, o que a chamada revelava não acrescenta nada à bazófia exibida semanalmente no Governo Sombra. A tese agora é que não há diferenças substanciais entre o que defendem Chega e BE ou PCP. São todos igualmente perigosíssimos. Isto podia não merecer comentário, mas não podemos esquecer o convite que Marcelo (cada vez mais senil) fez a este palerma para discursar no dia de Camões. A coisa até saiu em livro, para desgraça da literatura em geral e de algumas árvores em particular. Quando assistimos à celebração generalizada do afastamento do trampa, quando aguardamos ansiosamente por outras descargas de autoclismo a bem da higiene mental dos povos e de uma réstia de decência no debate político, vem este tonteco com tais comparações. É mais um da direita portuguesa que faz questão de não perceber nada, de assobiar para o lado, varrer para debaixo do tapete. Vão todos ficar com os pés a cheirar a merda queixando-se de quem leva os cães a passear. Decência, bastaria esta palavra para que o João Távarrres não metesse tudo no mesmo saco confundindo alhos com bugalhos. Meter tudo no mesmo saco é o primeiro passo para que a escumalha se fortaleça. É claro que quando o mal estiver feito os "genuinamente liberais" deste mundo vão dizer que não foi nada com eles. Pois claro, como pode ser amigo do ambiente quem nunca fez a separação do lixo? Eu faço. Por exemplo, não meto no mesmo saco o Chega e a IL. É uma questão de decência, higiene mental, profilaxia que o palermóide do Governo Sombra parece estar interessado em negligenciar. Não viria mal ao mundo, não fosse o palco que lhe dão.
3 comentários:
O Governo Sombra é um programa de entretenimento, nada mais.
O Governo Sombra é um programa de entretenimento, nada mais.
Parece-me que a provocação sempre foi parte essencial das crónicas do JMT e uma das razões por que ele ganhou tanto destaque mediático. Mas nos últimos tempos (e em particular na crónica que refere) o tom provocatório tornou-se cada vez mais estridente. Ora, não consigo deixar de pensar nas figuras de extrema-direita por esse mundo fora que usam a provocação como forma de chamarem a atenção (por exemplo Milo Yiannopoulos) e, assim, definirem a agenda mediática (neste momento já é uma técnica conhecida e com provas dadas), ou seja, suspeito que a tendência para a provocação absurda e soez de JMT só vai aumentar no futuro. Com o apoio, cumplicidade e beneplácito da TVI e do Público.
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