Sabemos o que esperar de vossas excelências se voltarmos a cheirar o mofo da tirania. Dos anarquistas pós-modernos, com rabo entre as pernas, aos liberais pacifistas, capados pela tesoura do capital e esterilizados pelo sainete do empreendedorismo, é todo um aziúme a coisa estragada que nem para estrumar serve. Dar peito às balas? 'Tá quieto. Têm drinks agendados para o futuro inteiro. Olhem para a maravilhosa paisagem alentejana sob estufas, a ver se a Revolução vai no bom caminho. Pequena amostra de sonhos e de liberdade esfumados.
Sobre luto nacional tenho a mesma opinião que há muito
formei acerca de condecorações no Dia de Portugal, o país homenageia os
cretinos que bem entende. De Joe Berardo a Lúcia dos Santos é um fartote. Que
haja quem não se curve a tais homenagens, escapando a elas tanto em vida como
na morte, é o que nos sobra de esperança. Há circunstâncias em que a maior
honra que se pode receber é ser desprezado por gente desprezível.
Obrigado, Otelo.
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