Os limitados têm medo do
aforismo porque julgam que é uma tentativa de os enganar. Como eles se enganam!
(p. 10)
Em alguns aforismos é preciso
interpretar apenas aquilo que foi propositadamente omitido. (p. 10)
Uma ideia sorri para mim e
vira-me as costas. Sei no entanto que ela voltará transfigurada em aforismo ou
numa imagem a divertir-se com o meu pensamento. (pp. 22-23)
É preciso dar tempo ao
aforismo para germinar e amadurecer ou apodrecer. (p. 28)
Nos aforismos acontece tal
como nos minerais — não há pedras preciosas sem impurezas, mesmo quando essas
também sejam preciosas. (p. 34)
Compus um aforismo. Ninguém
soube cantá-lo. Expliquei-o. Todos começaram a chorar. Fiquei comovido! (p. 37)
Dimíter Ánguelov, in Fuga
idearum Aforismos e outros inclassificáveis, Edições Húmus, Março de 2021.
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